BNDES aprova R$ 23 milhões para Votorantim Cimentos

BNDES aprova R$ 23 milhões para Votorantim Cimentos
Companhia também negocia joint venture para investir em energia limpa no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou ao BVMI aprovação de empréstimo de R$ 23 milhões para a Votorantim Cimentos. O financiamento será destinado a um projeto de adequação das unidades industriais para o coprocessamento de resíduos industriais, pneus e biomassa, segundo confirmação do BNDES.

“O uso de materiais alternativos representa redução no custo de produção do cimento, bem como contribui para destinação adequada a pneus usados e resíduos industriais, além de diminuir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, causadores do efeito estufa, provenientes da queima do coque de petróleo”, finalizou o banco.

A unidade de energia do grupo Votorantim está em conversas com grandes fundos de pensão e fundos soberanos para criar uma joint venture integrada para investimentos em energia eólica, solar e pequenas hidrelétricas, informaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A Votorantim investe em usinas próprias desde o início de sua história, tendo criado em 1996 a Votorantim Energia.
A Votorantim investe em usinas próprias desde o início de sua história, tendo criado em 1996 a Votorantim Energia.

A Votorantim Energia está em negociações com a Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) sobre a criação dessa plataforma integrada de energia limpa, disseram as fontes.

Outros agentes sondados para o negócio incluem o fundo soberano de Cingapura, GIC, e diversos outros fundos de pensão da América do Norte, disse uma das fontes.

A Votorantim Energia opera mais de 2,5 gigawatts em usinas hidrelétricas e em plantas de cogeração, além de estar na fase final das obras de um complexo eólico de cerca de 200 megawatts no Piauí.

Segundo uma das fontes, a Votorantim já possui a opção de compra de um segundo complexo eólico no Piauí, próximo ao primeiro parque, com 360 megawatts e já em operação, que poderia ser incorporado à joint venture quando esta for criada.

O negócio para a aquisição do complexo, que foi construído pela desenvolvedora Casa dos Ventos, poderia ser fechado pela Votorantim até dezembro, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

Já os investimentos do veículo a ser criado pela Votorantim Energia deverão focar o desenvolvimento de projetos de seu portfólio e de novos empreendimentos a partir do zero, disse uma segunda fonte, destacando que aquisições ou participação em leilões do governo federal não serão uma prioridade.

Nenhuma das fontes quis comentar o tamanho ou o valor estimado da joint venture, cujo lançamento, segundo elas, não é iminente.

Procurada, a Votorantim disse por meio da assessoria de imprensa que não iria comentar. O CPPIB, em Toronto, também não quis comentar. A assessoria de imprensa do GIC em Cingapura não respondeu pedidos de comentários. A Casa dos Ventos também não comentou.

Maior grupo industrial diversificado do Brasil, a Votorantim tem investido em energia para diversificar suas atividades que passam por metais, cimento, celulose e produção de aço– além de garantir acesso a eletricidade a preços mais competitivos.

Investimentos em geração renovável também são vistos como uma fonte de receita estável no longo prazo, o que atrai o interesse de fundos de pensão e fundos soberanos ao redor do mundo.

A Votorantim investe em usinas próprias desde o início de sua história, tendo criado em 1996 a Votorantim Energia. O grupo chegou a ser um dos principais acionistas da CPFL Energia, uma das maiores elétricas do país, mas deixou o negócio em 2009.

O movimento do grupo Votorantim e suas negociações com os canadenses do CPPIB e outros fundos também evidenciam o crescente interesse estrangeiro na indústria de energia limpa e renovável do Brasil, à medida que o governo tenta impulsionar a contratação de usinas eólicas e solares e deixa de lado uma política que nos últimos anos priorizou grandes hidrelétricas.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Reuters – Guillermo Parra – Bernal – Luciano Costa/Época Negócios – Vinicius Neder/OESP

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