A Robert Half divulgou o Guia Salarial 2017, estudo realizado com base em entrevistas com candidatos nos últimos meses, em centenas de job descriptions elaborados em parceria com clientes e a percepção de mercado dos profissionais da consultoria
Para área de engenharia, a consultoria prevê aumento da demanda do mercado por profissionais ligados aos segmentos de Supply Chain e Vendas Técnicas. O estudo também traz um quadro com estimativas de salários no próximo ano, com destaque para os cargos de Gerente de Planejamento, Comprador e Analista de Logística, todos do segmento de Supply Chain.
As maiores quedas salariais devem ocorrer nos segmentos de Indústria, com Gerente de Planta e Engenheiro de QSMS, e Infraestrutura, com Gerente de Contratos e Gerente Geral de Obras. Porém, são poucos os cargos em que estão previstos aumentos acima da inflação do período.
“Tradicionalmente reconhecida por ser uma área bastante técnica, a engenharia vem passando por importantes transformações”, afirmam os realizadores do estudo para justificar o fato de que o perfil pessoal tem ganhado mais peso nos processos seletivos nos últimos anos nessa área. “O conhecimento técnico e certificações ainda são solicitados para certas posições, porém há uma tendência de maior valorização para os profissionais com capacidade de adaptação às mudanças e de trazer os resultados necessários”.
SUPPLY CHAIN – A Robert Half realizou levantamento específico com 230 profissionais de supply chain em que 76% deles acreditam que a área manterá o atual nível de crescimento ou avançará ainda mais nos próximos anos. “O momento exige que haja ainda mais integração com o negócio, tornando a área parceira e provedora de soluções eficazes. Afinal, não bastará ter apenas um departamento comercial robusto se a gestão da cadeia de suprimentos não for capaz de otimizar os processos”, coemntam os realizadores do estudo.
Segundo a consultoria, será um grande desafio encontrar profissionais qualificados, uma vez que não existe formação específica para atuar em Supply Chain, embora algumas escolas já tenham criado cursos de especialização, extensão e MBAs mais focados, o que poderá, no médio prazo, suprir a demanda.
Este cenário de preparação para os profissionais da área comercial da indústria é uma demanda trabalhada a cerca de 25 anos pela CityCorp no Brasil que é uma consultoria especializada em Vendas Industriais. De acordo com Licio Melo que é CCO (Chief Commercial Officer) da empresa e responsável pela coordenação de um programa denominado de HIGH PERFORMANCE em Vendas Industriais “Analisando o desempenho do mercado industrial, fica evidente que os resultados da indústria dependem também da formação comercial de sua equipe, esse perfil hunter e pró-ativo é preciso ser trabalhado com expertise e dna compatível com o ambiente de negócios industriais que é totalmente diferente de qualquer outro ecossistema comercial”. Licio Melo informa ainda que
“Se os gestores industriais não entenderem essa mudança de habilidades e competências únicas dos profissionais da área comercial da indústria a questão tratada apenas no âmbito salarial não surtirá nenhum tipo de efeito ou mudança no setor”, finaliza o CCO.
Em tempos de crise, quem também ganha destaque são os profissionais de melhoria contínua, desafiados o tempo todo a otimizar processos e trazer retornos. É preciso ainda mais especialização e foco para atingir os resultados.
VENDAS TÉCNICAS – De acordo com o estudo, mais do que nunca, os profissionais da área de Vendas Técnicas deverão ter um perfil hunter (caçador) para conquistar novos mercados e aumentar o market share. “Quesitos como uma boa carteira de clientes e entendimento técnico para fazer uma venda consultiva agregando valor e disponibilidade para viagens são diferenciais para a vaga. Ter foco na rentabilidade também é fundamental”, isso porque as empresas querem pessoas estratégicas que façam vendas rentáveis e que sejam capazes de oferecer aos clientes soluções que tragam redução de custos.
Na avaliação da consultoria, os processos de recrutamento estão mais lentos, em razão da insegurança das empresas em realizarem uma contratação equivocada. “O momento econômico sugere que há mais profissionais qualificados disponíveis, porém é preciso ficar atento, uma vez que os mais talentosos e com o perfil mais demandado conseguem se recolocar rapidamente”, explica. “Já aqueles que se encontram empregados estão mais cautelosos para fazer movimentações na carreira, mais preocupados com a imagem do produto e da marca no mercado e também com a estabilidade da companhia”.
Fonte – BVMI – Robert Half do Brasil – Usinagem Brasil
Dica do BVMI – Faça o DOWNLOAD completo do Guia Salarial 2017 da Robert Half.
