GE fecha contrato de R$ 2,8 bilhões no NE

GE fecha contrato de R$ 2,8 bilhões no NE
Informação foi confirmada pelo presidente da empresa para a América Latina, Rafael Santana, o anúncio deve ser feito hoje ao mercado

Completando um ano desde que foi realizada a aquisição da área de energia da Alstom, a americana General Electric (GE)  fechou um contrato de US$ 900 milhões (equivalente a R$ 2,8 bilhões, considerando o câmbio de ontem) no Brasil.

Trata-se de uma encomenda para o projeto da termelétrica Porto de Sergipe, que vai ser a maior usina a gás natural da América Latina e utilizará, em parte, tecnologia trazida junto com a francesa.

O negócio envolve todos os equipamentos necessários para a construção da usina, desde as turbinas até as máquinas envolvidas nas obras civis, passando pelos sistemas de integração e monitoramento digitais. A empresa ainda fará a montagem e instalação dos equipamentos.

Dentro do fornecimento, a GE diz que está utilizando sua capacidade local, principalmente as provenientes das plantas e equipamentos de Grid Solutions que são fabricados no Brasil. Há, também, equipamentos para geração de energia fornecidos pelas unidades dos Estados Unidos e da Europa. A empresa não informou a percentual exato de conteúdo local do contrato.

A termelétrica pertence à Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), empresa criada pela EBrasil Energia e pela Golar Power (uma joint venture entre a norueguesa Golar LNG e o fundo americano Stonepeak Infrastructure Partners) para executar o projeto.

Rafael Santana, Presidente da GE para a América Latina.
Rafael Santana, Presidente da GE para a América Latina.

Segundo Santana, o escopo desse contrato marca uma inovação do modelo de contratos da GE. “Se a gente voltasse um ou dois anos atrás, seria comum a GE fornecer basicamente os equipamentos das turbinas. O valor do contrato seria de um terço do que temos hoje”, disse. Além disso, a GE está em “estágio avançado” na negociação de contratos de operação e manutenção da planta, disse o executivo. O modelo específico desse contrato, no entanto, ainda não foi fechado.

A energia da termelétrica foi contratada no leilão A-5 de maio de 2015, e a usina tem previsão de entrada em operação em janeiro de 2020, validade do contrato atual. Segundo o presidente da Celse, Eduardo Maranhão, o valor total do investimento na termoelétrica é de US$ 1,3 bilhão.

A capacidade de geração da planta será de 1,516 megawatts (MW), com taxa de eficiência de 62,22%. Quando em funcionamento, e energia gerada pela usina deverá ser suficiente para abastecer cerca de 15% da demanda do Nordeste, segundo a GE.

A Celse vai construir um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) em Sergipe para abastecer a usina. Segundo Maranhão, o contrato de fornecimento de gás ainda não foi fechado, mas estão em tratativas finais para importar da ExxonMobil. O contrato deve ser assinado no início de novembro.

O setor de geração de energia é uma das grandes apostas da GE no Brasil e representa uma frente importante de atuação junto com os setores onde já está consolidada no país, como o de óleo e gás e aviação. No segmento de energia, a GE também vê oportunidades em transmissão e distribuição de energia, além das fontes renováveis eólica e solar.

O grupo americano atua em pelo menos nove frentes de negócios no Brasil, sendo que três delas estão na área de energia – GE Power, a GE Renewable Energy e a GE Energy Connections.

O setor de óleo e gás continua sendo o principal negócio da empresa no país, apesar da desaceleração dos contratos dos últimos anos, por conta da crise do petróleo e da redução do ritmo de investimentos da Petrobras. Na avaliação do executivo, a potencial vinda de estrangeiros para o segmento “pode acelerar, de alguma forma, a retomada dos investimentos.”

De acordo com Santana, a previsão é de crescimento da receita do grupo no Brasil em 2016. Ele destaca que o país é um importante polo para a GE, figurando entre o terceiro e o quinto maior negócio em âmbito global.

Santana assumiu o comando da GE na região em março deste ano e diz ver oportunidades significativas de ganhos de mercado no país. Mesmo em atividades atualmente menos movimentadas, como é o caso de ferrovias, o executivo defende a possibilidade de a GE atuar na modernização de frota, por exemplo.

A empresa é uma das mais importantes fabricantes de locomotivas do país, com uma fábrica instalada em Contagem (MG). Há ainda a prestação de serviço que, segundo ele, “representa mais de 50% da oportunidade de crescimento de faturamento”.

Em outra área de destaque, a aviação, na qual é líder global no fornecimento de motores a jato, componentes e sistemas integrados, a GE tem um investimento de US$ 45 milhões até 2017, para levantar uma nova unidade de fabricação em Três Rios (RJ). A GE Aviation já conta com a fábrica da Celma, de Petrópolis (RJ), primeira oficina do tipo a ser instalada pela empresa fora dos Estados Unidos.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Victória Mantoan – Camila Maia/Valor

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