Kerui vai iniciar obra de R$ 1,9 bilhões da Petrobras

Kerui vai iniciar obra de R$ 1,9 bilhões da Petrobras
Serão gerados 2 mil empregos diretos no pico da obra em junho de 2019

A Kerui Método Construção e Montagem, joint-venture formada pela chinesa Shandong Kerui (51%) e a brasileira Método Potencial Engenharia (49%) para construir a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Comperj, planeja priorizar a contratação de fornecedores locais para o projeto e contratar mão de obra da própria na região de Itaboraí para a execução da obra.

A expectativa das empresas é que sejam gerados 2 mil empregos diretos no pico da obra, em junho de 2019.

“Esse projeto não tem percentual de conteúdo local exigido. Obviamente que queremos otimizar a utilização de recursos locais dentro do possível. Tem que ter competitividade. Mas a mão de obra é toda local. E queremos [contratar mão de obra] de Itaboraí e da região dos municípios do Leste Fluminense”, afirmou Julia Paletta Crespo, diretora da Kerui Método Construção e Montagem e representante da Shandong Kerui Petroleum Equipment na joint-venture.

O consórcio venceu concorrência da Petrobras para a construção da UPGN oferecendo o menor valor pela execução do projeto, no valor de R$ 1,94 bilhão. O contrato foi assinado no fim de março e a emissão da autorização de serviço, na última semana. O prazo para a execução do projeto é de 40 meses.

A Shandong Kerui Petroleum Equipment, braço de fabricação de equipamentos e prestação de serviços para o setor de óleo e gás da holding privada chinesa Shandong Kerui, trata o contrato da UPGN do Comperj com prioridade máxima.

Segundo Julia, o projeto é tido como um “cartão de visitas” da companhia no país, onde estabeleceu escritório em 2015. Com atuação em 57 países, a Shandong Kerui Petroleum Equipment faturou cerca de US$ 1,5 bilhão (o equivalente a quase R$ 5 bilhões).

“Desde o começo, quando identificamos a obra da UPGN. Nosso foco foi fazer da UPGN uma vitrine para que pudéssemos mostrar o nosso trabalho e, a reboque desse projeto, expandir e assumir outros projetos de EPC (sigla em inglês para engenharia, aquisição e construção) e também poder vender mais equipamentos da Kerui no Brasil”, completou a executiva.

Dentro da estratégia de se associar com empresas locais, a Shandong Kerui buscou a parceria com a Método Potencial para disputar o contrato. “Na época, queríamos nos associar a alguém que não tivesse nenhuma restrição com relação ao bloqueio cautelar (da Petrobras), que tivesse histórico de transparência, com foco em ética, tivesse experiência técnica em processamento de gás natural e no Comperj. A método reuniu tudo”, disse Julia. A Método executou o projeto de unidades de tratamento de águas ácidas do Comperj.

Apesar de já atender contratos da Petrobras há mais de duas décadas, a construtora brasileira obtinha até então projetos de menor porte. A oportunidade para as duas companhias surgiu com o vácuo aberto após a operação Lava-Jato que culminou no bloqueio cautelar das principais construtoras do mercado brasileiro, implementado pela petrolífera estatal.

“Tivemos a satisfação de vencer a maior concorrência promovida pela Petrobras depois da Lava-Jato”, afirmou Hugo Marques da Rosa, presidente da Método Potencial Engenharia. “Uma obra desse porte, antes de 2014, nós jamais poderíamos sequer sonhar em participar, embora tecnicamente temos total condições de fazê-la”, disse.

As duas empresas ainda não têm um número fechado em relação à previsão de investimento no projeto. “É um número que ainda está sendo trabalhado. Os acionistas vão ter que fazer alguns aportes”, contou Julia.

Com relação à UPGN, o projeto básico foi feito pela Petrobras. O consórcio então contratou a Chemtech para fazer a engenharia de detalhamento do projeto. Ainda neste ano, as companhias pretendem fazer as inspeções de materiais e remanescentes e a reforma do canteiro de obra.

Com a UPGN, a oferta de gás natural processado no país, hoje de 95 milhões de metros cúbicos por dia (m3 /dia), crescerá em 21 milhões m3 /dia. A oferta de gás natural processado especificamente do pré-sal passará de 23 milhões de m3 /dia para 44 milhões de m3 /dia. “A UPGN é um desafio muito grande. Uma obra complexa, fundamental para o país”, disse Julia.

Fonte – BVMI – Rodrigo Polito/Valor

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