Peróxidos do Brasil investe US$ 25 milhões em fábrica no Chile

Peróxidos do Brasil investe US$ 25 milhões em fábrica no Chile

Maior produtora sul-americana de peróxido de hidrogênio (comercialmente conhecido como água oxigenada), a Peróxidos do Brasil vai consolidar a liderança regional com a construção de uma fábrica, no Chile. A joint venture entre a belga Solvay e a brasileira Produtos Químicos Makay (PQM) investirá US$ 25 milhões na unidade, que terá capacidade de produção de até 25 mil toneladas por ano e deve entrar em operação em meados de 2019.

“Esse é um primeiro passo de crescimento”, informou o presidente da empresa, Carlos Silveira. “A ideia é colocar uma base industrial na costa do Pacífico e avançar conforme a demanda”. A Peróxidos opera uma unidade fabril em Curitiba (PR), que produz 187 mil toneladas por ano, e está instalando uma minifábrica em Imperatriz (MA), que será fornecedora da Suzano Papel e Celulose.

Carlos Silveira é o presidente da empresa.
Carlos Silveira é o presidente da empresa.

Essa tecnologia de minifábrica, que também será usada no Chile e foi patenteada mundialmente pela unidade de negócios Peroxides do grupo Solvay, facilita a expansão da capacidade produtiva conforme a demanda, explicou Silveira. Ao mesmo tempo, permitirá eliminar 10 mil toneladas de carbono da atmosfera a partir de ganhos em processos e logística.

A unidade chilena será construída no Parque Industrial de Coronel, na região de Bío-Bío, e atenderá os setores de celulose e mineração e, futuramente, produtores de salmão de cativeiro. O Chile é o segundo maior produtor mundial do pescado e o peróxido de hidrogênio é usado no tratamento contra um determinado parasita.

Inicialmente, a indústria de celulose deve responder por pelo menos 70% da produção da minifábrica chilena e o volume restante deve ser direcionado a mineradoras. Hoje, esses clientes são atendidos a partir da fábrica de Curitiba, via marítima. Com o início de operação da unidade local, parte da produção brasileira será destinada a novos consumidores.

“A linha do Chile estará plenamente ocupada e vai liberar capacidade em Curitiba. Hoje, oferta e demanda estão equilibradas, mas há expectativa de crescimento e estaremos aptos a fornecer mais”, disse. O mercado latino-americano de peróxido de hidrogênio é de cerca de 300 mil toneladas por ano e deve crescer, em média, 5% ao ano nos próximos cinco anos.

Em 2016, apesar do desempenho negativo da indústria química em geral no país e da queda do dólar, a Peróxidos do Brasil registrou crescimento de duplo dígito e teve receita recorde – a empresa não divulga dados financeiros, mas considerando-se a capacidade de produção e preços de mercado, estima-se que a receita anual esteja em torno de R$ 500 milhões.

De acordo com Silveira, a demanda menor em alguns setores consumidores foi compensada pelo consumo forte no setor de celulose, pelas exportações e por trabalhos realizados pela empresa na área de distribuição.

Para 2017, a expectativa é de demanda aquecida no segmento de celulose e a grande incógnita é o câmbio. O orçamento desenhado para este ano trabalha com dólar a R$ 3,45, mas esse valor tende a ser revisto, segundo o executivo. “O mercado vai continuar a crescer e está mais equilibrado que em 2016, mas é hora de investir porque haverá demanda nova à frente”, ressaltou.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Stella Fontes/Valor

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