Cibra vai investir US$ 80 milhões no Brasil até 2022

Cibra vai investir US$ 80 milhões no Brasil até 2022

Com meta de ganhar até 8% do mercado brasileiro de fertilizantes em cinco anos, a Cibra, do grupo americano Omimex, planeja investir US$ 80 milhões no Brasil até 2022. A companhia, com sede em Salvador, faturou R$ 1,3 bilhão em 2016.

Fundada em 1994, com o nome de Cibrafertil, pelo grupo Paranapanema, a empresa foi vendida em 2012 para o Abonos Colombianos (Abocol), braço de fertilizantes do grupo Omimex. Em 2014, as operações da Abocol na América Latina foram vendidas para a gigante norueguesa Yara, mas a Cibrafertil continuou com o grupo americano.

Segundo o colombiano Santiago Franco, presidente da Cibra – antes o executivo foi vice-presidente comercial da Abocol -, depois que essas mudanças ocorreram um ambicioso plano de crescimento foi deflagrado, e hoje a Cibra é quinta maior misturadora de adubos (fabricante de produtos finais) do país, com uma participação de 5%, segundo a Ama Brasil, entidade que representa as empresas do segmento no país. A líder é a Yara, com fatia de 24%.

Unidade da Cibrafertil em Camaçari, companhia faturou R$ 1,3 bilhão em 2016.
Unidade da Cibrafertil em Camaçari, companhia faturou R$ 1,3 bilhão em 2016.

Puxado sobretudo pela compra da Agroindustrial São Luiz (Agriter), em 2015, o faturamento da Cibra, que havia sido de R$ 70 milhões em 2013, chegou a R$ 1,3 bilhão no ano passado. Com as cinco unidades de mistura da Agriter, o volume vendido pela Cibra quase triplicou e chegou a 800 mil toneladas em 2015. No ano passado, o volume cresceu mais 62,5%, para 1,3 milhão de toneladas. E a previsão é de alta de mais 20% em 2017. A receita, conforme Franco, deve alcançar R$ 1,6 bilhão.

Na avaliação do executivo, ser grande, mas não gigante, pode ser considerado uma vantagem para a Cibra, já que seu potencial de expansão é bastante interessante

“Temos uma estrutura operacional mais enxuta que as empresas maiores, mas escala relevante para competir”, destaca Franco.

Com vendas que já ultrapassam 1 milhão de toneladas por ano, a Cibra consegue negociar diretamente com os maiores produtores de matéria-prima.

“Os grupos maiores costumam ter processos mais rígidos e, muitas vezes, não conseguem responder rápido ao mercado. Não queremos isso”, pondera. Assim, o plano é crescer em torno de 1 ponto percentual ao ano em participação de mercado, mas estacionar ao redor de 8%. De qualquer maneira, de acordo com ele a meta é dobrar o faturamento até 2022 e chegar ao patamar de R$ 3 bilhões.

Com mais acesso a capital para investir, graças ao controlador americano, o plano da Cibra é diversificar seus mercados no país. “Queremos ampliar a distribuição, entrar em algumas regiões em que ainda não estamos presentes”, afirma Franco.

A Cibra tem uma fábrica de produção de superfosfato simples em Camaçari, na Bahia, e nove unidades misturadoras de formulação NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) espalhadas pelo país.

Segundo ele, esse avanço deverá acontecer por meio da construção de novas unidades de mistura, mas também com a aquisição de empresas regionais de menor porte.

A companhia também vê potencial de crescimento no segmento de fertilizantes especiais – que incluem fertilizantes orgânicos, organominerais, foliares, condicionadores de solo e substratos para plantas. A linha da Cibra nesse segmento representou 7% das vendas totais em 2016. Neste ano, a meta é dobrar a participação desses produtos, cujas margens são maiores, na receita.

Para a temporada 2017/18, as perspectivas não são tão favoráveis como em 2016/17. “Os produtores de grãos ainda estão atrasados na compra de insumos, principalmente por causa da queda de preços de commodities como soja e milho”, lembra Santiago Franco.

O cenário de margens mais apertadas para o produtor deverá elevar a participação das operações de barter – troca de insumo por produção – nas vendas da Cibra. “Neste ano, o barter deverá representar pelo menos 30% das vendas totais”, disse Santiago. Em 2016, a fatia foi de cerca de 25%. A empresa trabalha em parceria com tradings nessas operações. “Não pegamos diretamente o grão. É uma operação triangular”. Segundo o executivo, não está nos planos da empresa eliminar a figura do intermediário nessas operações e receber diretamente os grãos.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Kauanna Navarro/Valor

Dica do BVMI – Trabalhe na Cibrafertil, acesse “CV“, desejamos a todos boa sorte nos negócios e em seu processo de recolocação!

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@LicioMelo