Lenzing terá o controle da nova empresa, com 51% de participação
A Duratex formou uma joint venture com o grupo austríaco Lenzing para produção de celulose solúvel do tipo viscose em Minas Gerais.
Conhecida pela fabricação de painéis de madeira, louças e metais sanitários, a Duratex e sua parceira vão investir US$ 1 bilhão na nova fábrica, que terá capacidade de 450 mil toneladas por ano e será instalada no Triângulo Mineiro.
Será a maior linha de produção de celulose solúvel do mundo, segundo o presidente da Duratex, Antonio Joaquim de Oliveira. O segmento responderá por um terço dos resultados da companhia quando a fábrica estiver à plena capacidade.
“A expectativa de retorno é muito boa, e o risco é baixo”, confirmou Oliveira.
O retorno sobre capital e as margens do novo segmento são superiores aos das áreas tradicionais de atuação da Duratex. O executivo ressalta que o impacto da joint venture no desempenho da Duratex não será imediato.
O início da fabricação pela empresa de celulose solúvel do tipo viscose – matéria-prima para a indústria têxtil – está previsto para 2022.
Uma das maiores fabricantes mundiais de fibra de celulose, a Lenzing terá o controle da nova empresa, com 51% de participação. A Duratex ficará com os demais 49%. Os resultados da joint venture serão consolidados pela Duratex por equivalência patrimonial.
A nova empresa terá cinco membros no conselho de administração. Celulose solúvel será a quarta divisão de atuação da Duratex, além da Deca (louças e metais sanitários), de painéis de madeira e de revestimentos cerâmicos.
O novo segmento faz parte das estratégias da companhia para reduzir sua dependência do mercado brasileiro e do setor de construção civil. “No ano passado, traçamos plano estratégico de longo prazo, alinhando ações para operações que já existem e novos negócios para fazer frente à crise”, afirma o executivo.
A totalidade da produção da joint venture será vendida para a Lenzing em condições de mercado e exportada para fábricas da empresa austríaca na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos.
No início do ano, quando as negociações já estavam avançadas, o preço da tonelada de celulose solúvel era de US$ 900. Ontem, a tonelada era cotada a US$ 935.
No país, há dois outros produtores de celulose solúvel: a Bahia Specialty Cellulose, da Bracell Limited, pertencente ao grupo indonésio Royal Golden Eagle (RGE); e a Jari Celulose.
Mais da metade do que será investido pela Duratex na parceria ocorrerá por meio de aporte de 43 mil hectares de florestas, e o restante serão recursos financeiros, com parcela a ser captada nos mercados doméstico e internacional.
Segundo o presidente da Duratex, a fábrica de celulose solúvel será instalada “praticamente dentro da floresta”. O raio médio de distância é de 50 quilômetros, abaixo dos 60 quilômetros médios das operações atuais de painéis de madeira da Duratex.
Quando desistiu do projeto da fábrica de painéis de madeira no Triângulo Mineiro, devido à piora do mercado, a Duratex contratou uma consultoria internacional para buscar nova destinação para a madeira que possui na região.
Na outra ponta, a Lenzing buscava oportunidade para entrar no Brasil, segundo Oliveira. “Temos uma grande base de florestas e tecnologia florestal, enquanto a Lenzing possui tecnologia de celulose solúvel”, diz.
O detalhamento final da implementação do projeto ocorrerá no segundo semestre de 2019. Até lá, a Duratex buscará licenciamento ambiental para o projeto e a infraestrutura necessária, e fará o detalhamento da engenharia do empreendimento. “Só voltaremos atrás se houver um revés não esperado”, diz Oliveira.
A fazenda que será destinada à joint venture se situa em cinco municípios do Triângulo Mineiro – Araguari, Estrela do Sul, Indianópolis, Romaria e Nova Ponte.
Ainda não há definição sobre em qual deles será instalada a fábrica. Até que a produção de celulose solúvel tenha início, a Duratex vai manter os contratos atuais de vendas de madeira em pé, cortada e cavaco.
Em fevereiro, a Duratex anunciou a venda de quase 30 mil hectares de terras e florestas para a Suzano por R$ 1,05 bilhão.
A operação foi dividida em duas etapas – a primeira fechada no ato, e a segunda dependente de a Suzano exercer a opção de compra até 2 de julho. O mercado questiona se a Suzano exercerá a opção depois de ter fechado acordo de fusão com a Fibria.
Fonte – BVMI – Chiara Quintão/Valor
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