Maersk Line compra Hamburg Süd

Maersk Line compra Hamburg Süd

A Maersk Line e o grupo Oetker chegaram a um acordo para a Maersk Line comprar a Hamburg Süd, armador alemão líder nos tráfegos com o Brasil. A aquisição foi anunciada globalmente nesta quinta-feira e ainda está sujeita à aprovação de órgãos reguladores.

A dinamarquesa Maersk Line é o maior armador de contêineres do mundo, com 15,7% de participação do mercado global em capacidade. A alemã Hamburg Süd ocupa o sétimo lugar no ranking, com 2,9%. Com a aquisição, a fatia da Maersk sobe para quase 19% e, com isso, a companhia se descola da MSC, a segunda colocada que tem hoje 13,6%.

Soren Skou, presidente da Maersk Line e do grupo Maersk.
Soren Skou, presidente da Maersk Line e do grupo Maersk.

A Hamburg Süd é líder nos tráfegos Norte-Sul e a Maersk Line é muito forte no Leste-Oeste, daí a principal sinergia da compra. A alemã opera 130 navios porta-contêineres com capacidade combinada de 625 mil Teus (contêiner padrão de 20 pés). Tem 5.960 funcionários em mais de 250 escritórios ao redor do mundo e comercializa os serviços pelas marcas Hamburg Süd, CCNI (com sede no Chile) e Aliança (sede no Brasil). A Aliança é também armador de cabotagem, transporte doméstico.

Em 2015, o volume de negócios da Hamburg Süd foi de US$ 6,726 bilhões, dos quais US$ 6,261 bilhões oriundos do negócio de contêineres.

“Hoje é um novo marco na história da Maersk Line. Estou muito satisfeito que chegamos a um acordo com o grupo Oetker. A Hamburg Süd é uma empresa muito bem gerida e altamente respeitada, com marcas fortes, funcionários dedicados e leais. A Hamburg Süd complementa a Maersk Line e juntos podemos oferecer aos nossos clientes o melhor dos dois mundos, em primeiro lugar nos negócios Norte-Sul”, disse o Soren Skou, presidente da Maersk Line e do grupo Maersk.

Com menos competição para os embarcadores decidirem quem contratar, a aposta do mercado é que dificilmente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprove tamanha concentração sem restrição.

No transporte de longo curso, os dois grupos teriam juntos uma fatia de 36% no volume de cargas transportadas nos tráfegos com a Costa Leste da América do Sul, considerando o acumulado do ano até setembro.

Somando as participações dos dois armadores seguintes no ranking — MSC e Hapag Lloyd —, significa que 70% dos volumes ficariam concentrados nos conveses de três companhias.

Fonte – BVMI – Murillo Costa – Fernanda Pires/Valor

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