Pará e China Railways vão investir R$ 14 bilhões em construção de Ferrovia

Pará e China Railways vão investir R$ 14 bilhões em construção de Ferrovia
Ferrovia cortará o Estado de Sul a Norte com total de 1.312 quilômetros

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, recebeu representantes da China Railways Corporation, empresa estatal chinesa criada em 2013 e uma das responsáveis pelas ações ferroviárias do país asiático.

A China tem a terceira maior malha ferroviária do mundo, com 98 mil quilômetros. O motivo do encontro foi a tomada de informações sobre o projeto da Ferrovia Paraense.

O projeto é o mais amplo empreendimento logístico em curso no Estado, e um dos maiores do país, com previsão de 1.312 Km de extensão, com início no município de Santana do Araguaia e chegada em Barcarena, Região Metropolitana de Belém (RMB).

Song Jin Jing (diretor geral), Qi Lifang e Nicolas Song (gerentes gerais), Esmeralda Yao (assistente de negócios) e Jimmy Chu (gerente de negócios) foram os representantes da empresa na reunião, que também contou com a presença de Maurício Giardello Filho, da Pavan Engenharia, empresa que fez os estudos de viabilidade técnica da ferrovia.

Eles conheceram o projeto com mais detalhes, verificaram a estruturação financeira do projeto que foi concebida pela BF CAPITAL, escutaram de Adnan Demachki os esforços do governo e entendimentos com governo federal para ampliação do Porto público de Vila do Conde e estudos para dragagem do canal do Quiriri, investimentos necessários para escoamento da carga da ferrovia em sua plenitude e a proximidade de Vila do Conde com os principais portos do mundo em relação aos demais do Brasil.

Governo recebe mais uma empresa chinesa para tratar da Ferrovia Paraense.
Governo recebe mais uma empresa chinesa para tratar da Ferrovia Paraense.

O secretário lembrou que a Ferrovia Paraense se apresenta como bem-sucedida e rentável para os investidores na medida em que o empreendimento já conta com demanda de cargas mínimas na região a partir de vários projetos em desenvolvimento de mineração e agronegócio.

O projeto foi concebido para passar apenas por território produtivo, evitando todas áreas indígenas, de quilombolas, e ainda de florestas, com o licenciamento ambiental está sendo conduzido por órgãos estaduais. “Sempre foi uma preocupação do Governo do Estado de ter um empreendimento que respeitasse as comunidades tradicionais e com o menor impacto possível”, enfatizou Demachki.

O encontrou foi mais um encontro entre o governo e os representantes da China Railways Corporation, que já haviam tido uma conversa quando da viagem da comitiva paraense a China em setembro desse ano.

No dia 28 deste mês o Governador Jatene e o Secretario Adnan se reunirão com a CREC com a presença do Embaixador Chinês em Brasília, para mais uma rodada de conversas sobre a ferrovia. Os representantes da empresa asiática receberam todos os documentos, projetos, para promoverem os estudos necessários para avaliação da participação da empresa na licitação.

A Ferrovia Paraense cortará o Estado de Sul a Norte em 1.312 quilômetros, conectando-se com a Ferrovia Norte-Sul, permitindo que esta chegue até o Porto de Barcarena, que no Brasil é o mais próximo dos grandes mercados consumidores como China, Europa e Estados Unidos.

O custo do projeto é estimado em R$ 14 bilhões, considerando investimentos na construção da própria ferrovia e de entrepostos de carga. A interligação da Ferrovia Paraense com a Norte-Sul, num trajeto de apenas 58 quilômetros entre Rondon do Pará (PA) e Açailândia (MA) – trecho final da Norte-Sul – abre caminho para uma nova alternativa de escoamento de carga em um porto paraense, e é um dos atrativos do projeto para a iniciativa privada. A Ferrovia Paraense cruzará 23 municípios paraenses e terá capacidade de carga de até 170 milhões de toneladas/ano.

Fonte – BVMI – Licio Melo – SEDEME

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