Raízen investe R$ 200 milhões no Maranhão

Raízen investe R$ 200 milhões no Maranhão
Empresa vai construir uma base de distribuição de combustíveis no Porto de Itaqui; projeto deverá estar concluído dentro de dois anos

Atraída pelo crescimento da economia do Centro-Oeste e parte da região Norte, especialmente por conta do desempenho do agronegócio, a Raízen vai investir R$ 200 milhões de recursos próprios em uma base de distribuição de combustíveis (gasolina, diesel, querosene de aviação) no polo industrial de São Luís, no Maranhão, no Porto de Itaqui. O empreendimento fica fora da área de concessão portuária.

Ainda em fase de licenciamento ambiental, o projeto deve ser concluído em até dois anos e será o maior terminal de distribuição da companhia isoladamente, sem a participação de outros sócios. A base de distribuição vai ocupar uma área de dez hectares do governo do Maranhão pela qual a empresa pagou R$ 1 milhão.

A cifra equivale a 20% do valor de mercado do terreno, que a companhia desembolsou pelo seu uso, mediante o compromisso de geração de empregos e outras contrapartidas sociais. Com a base de distribuição, a empresa quer dobrar em dois anos o volume de combustíveis que movimenta na região, hoje de 1,2 bilhão de litros por ano.

Serão 700 empregos diretos e indiretos na fase de construção e mais 600 na operação.
Serão 700 empregos diretos e indiretos na fase de construção e mais 600 na operação.

“Estamos investindo para eliminar os gargalos, apesar da crise”, afirma Nilton Gabardo, diretor de Desenvolvimento de novos negócios e infraestrutura da Raízen. Ele conta que, desde que a Raízen foi formada, em 2011, a partir de uma associação entre a Shell e a Cosan, a companhia tinha intenção de ampliar a capacidade de distribuição na região, mas não conseguiu investir no porto por questões de legislação.

Agora o projeto começa a se concretizar e deve, segundo Gabardo, reduzir o custo dos combustíveis localmente e garantir o abastecimento da rede de postos na região. A empresa, segundo ele, não dava mais conta de atender aos postos da Shell na região, que inclui Maranhão, leste e sul do Pará, Tocantins e Piauí. Mais da metade do volume de combustíveis dessa área é movimentada por operadores logísticos. Isso representa custos adicionais, que oneram o preço dos produtos. A empresa tem 600 clientes na área de influência do terminal portuário de São Luís, entre postos Shell, postos com bandeira branca e clientes empresariais (B2B).

“É um investimento para propiciar o crescimento da empresa nessa área geográfica que pega o meião do Brasil: Tocantins, Maranhão e leste do Pará, onde a fronteira agrícola ainda está se desenvolvendo”, observa o diretor.Ele lembra também que a sinalização da Petrobrás de que não pretende investir em logística e de que pode vender o controle acionário da BR Distribuidora acelerou o processo.

Arrecadação.

A intenção da companhia de investir no Estado caiu feito uma luva para o governo do Maranhão. Simplício Araújo, secretário da Indústria e Comércio do Estado do Maranhão, informa que, ao contrário de outros Estados, as finanças do Maranhão estão em dia. Mas o projeto, nas suas contas, pode ampliar entre 10% a 15% a arrecadação de impostos com a venda de combustíveis pela Raízen, que é uma das principais geradoras de receitas para o Estado.

Além disso, o secretário lembra que o investimento tem contrapartidas sociais, como a construção de cinco escolas e a geração de 700 empregos diretos e indiretos na fase de construção e mais 600 na operação.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Márcia De Chiara/OESP

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