SteelCons confirma investimento de R$ 900 milhões em usinas solares

SteelCons confirma investimento de R$ 900 milhões em usinas solares
Valor será utilizado na construção de nove usinas solares no Ceará

A empreiteira SteelCons, com sede em Campinas (SP), confirmou ao BVMI o investimento de cerca de 900 milhões de reais para construir nove usinas solares no Ceará após obter contratos para a venda antecipada da geração dos empreendimentos em um leilão realizado pelo governo brasileiro nesta semana.

A licitação para novos projetos, na qual a SteelCons foi uma das grandes vencedoras, registrou os menores preços já vistos no Brasil para energia solar e eólica, em meio a uma forte concorrência entre investidores pelos contratos. Mas a empresa aposta em fatores como a antecipação da entrega das obras para garantir seus ganhos.

“Está precificada uma antecipação, é um fator importante para a rentabilidade do projeto. E tem o fato de ser um ‘cluster’ que está extremamente maduro, com todas licenças. Isso faz com que a gente ganhe um pouco de agilidade”, afirmou o chefe de desenvolvimento de projetos de energia da empresa, Rodolfo Toni.

A antecipação do projeto permitirá a venda de energia no mercado livre. No leilão, distribuidoras contratam para atender seus clientes no mercado regulado.

“A gente tem precificado um ano de antecipação, mas o objetivo são 18 meses”, informou ele.

Se cumprida a previsão mais otimista, a SteelCons entregaria suas usinas no Ceará em junho de 2020, ante um prazo original previsto em contrato de janeiro de 2022.

O orçamento estimado pela companhia para os projetos também é inferior à projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de que as usinas consumirão cerca de 1,25 bilhão de reais.

Esse montante representa mais de 20 por cento dos 5,3 bilhões de reais em investimentos previstos com todos os projetos leiloados no certame, que teve a energia solar como destaque de contratação.

Segundo Toni, o setor fotovoltaico tem visto uma forte queda de preços de equipamentos e custos de instalação, o que favoreceu o elevado deságio apresentado pelos investidores no leilão, de cerca de 60 por cento frente ao preço-teto para os empreendimentos fotovoltaicos.

Além da SteelCons, com 270 megawatts em usinas solares, também viabilizaram projetos fotovoltaicos na licitação a canadense Canadian Solar, a Celeo Redes, do grupo espanhol Elecnor, e a comercializadora Kroma Energia.

Todas empresas venderam a produção das usinas a preços na casa dos 117 a 118 reais por megawatt-hora, contra um menor patamar anterior, atingido em 2017, de 143,50 reais.

“O resultado do leilão, que tem Elecnor, Canadian, comprova que quem está ali sabe o que está fazendo, sabe fazer conta pois o retorno é de dois dígitos, seguramente”, disse Toni, sem detalhar.

A SteelCons pretende financiar as usinas junto ao Banco do Nordeste Brasileiro (BNB). Também não é descartada a possibilidade de emissão de debêntures de infraestrutura.

Com experiência como construtora e fornecedora em empreendimentos de energia, a SteelCons passou a estudar projetos solares em 2014 e estreou no segmento no ano seguinte, quando participou com sucesso de uma licitação do governo para novos projetos fotovoltaicos.

No ano passado, a companhia fechou a venda dos 90 megawatts em projetos arrematados no leilão de 2015 para a Atlas Renewable Energy, geradora controlada pelo fundo de private equity britânico Actis.

Mas a empresa conquistou mais quase 120 megawatts em um certame no final de 2017, com entrega prevista para 2021, e agora os 270 megawatts do leilão desta semana, com entrega em 2022. Os empreendimentos devem demandar um total de cerca de 1,6 bilhão de reais.

“Hoje, dentro dos negócios da companhia, o braço de geração de energia tem se tornado um dos principais”, disse o chefe da área na SteelCons.

Segundo Toni, a empresa ainda tem cerca de 3,5 gigawatts em projetos solares em desenvolvimento, dos quais cerca de 1 gigawatt já estão prontos para disputar eventuais novas licitações.

Ele afirmou que a empresa tem recebido diversas sondagens de investidores, inclusive estrangeiros, mas que a ideia é manter seu portfólio de ativos já com contratos e projetos.

“Claro que as condições de mercado podem mudar e pode ser que apareça alguma proposta que faça sentido, (como) ter um sócio ou vender todo um projeto, mas hoje os planos não são de venda de ativo”, disse.

Ele também garantiu que a empresa continuará de olho nos próximos leilões de energia a serem realizados pelo governo e deverá inscrever mais projetos solares conforme for aberto espaço para a fonte nas licitações.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Redação Reuters

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