Usiminas Mecânica fecha contrato para um dos altos-fornos da Gerdau

Usiminas Mecânica fecha contrato para um dos altos-fornos da Gerdau
Ação vai gerar oportunidade de contratação temporária de até 860 pessoas

A Usiminas Mecânica, controlada da Usiminas da área de bens de capital e que até pouco tempo atrás estava na prateleira de ativos à venda da siderúrgica mineira, fechou contrato para realizar a manutenção de um dos altos-fornos da Gerdau, em Ouro Branco (MG).

A subsidiária vai contratar temporariamente 860 pessoas para o serviço. Não foram revelados os valores do serviço.

A ideia da Usiminas, contudo, ainda é fazer o desinvestimento do negócio. Atualmente, a unidade opera com menos de 20% de ocupação e vem operando com prejuízo.

Esse tipo de contrato é o que tem mantido a Mecânica, originalmente uma fábrica de bens de capital complexos, de pé. A desaceleração da economia na primeira metade da década, seguida pela recessão, ajudaram a praticamente zerar as encomendas à empresa, que atualmente tem baixa rentabilidade.

Em 2013, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da operação era de R$ 6 milhões. O índice gerencial chegou a atingir R$ 87 milhões em 2015, mas caiu para R$ 12 milhões no ano seguinte.

Em 2017, foi registrado Ebitda negativo de R$ 33 milhões, influenciado, em parte, por perdas de R$ 22 milhões relacionadas ao programa Regularize, de regulação fiscal em Minas Gerais.

O contrato com a Gerdau vale para o período de abril a agosto e vai levar à contratação de funcionários nas cidades mineiras de Congonhas e Conselheiro Lafaiete, além de Ouro Branco.

“Entre as ações que serão implementadas para reforçar a segurança, estão os treinamentos específicos sobre a metodologia executiva do projeto e a aplicação das práticas de segurança”, explica a Usiminas.

Apesar da obra, a Mecânica ainda é considerada não estratégica. Questionada, a siderúrgica mineira respondeu que “avaliará eventuais propostas que venham a ser feitas para a compra da empresa de bens de capital”.

O ativo foi colocado na prateleira para ser vendido, inicialmente, em 2011, com a contratação do Credit Suisse para cuidar da desmobilização. Foi suspenso naquele e voltou a ser ofertado em 2015 pelo banco. Nenhuma proposta firme apareceu. No início do passado, o banco perdeu o mandato.

De acordo com fontes, entretanto, uma transformadora de aço chegou a conversar com a siderúrgica para pagar cerca de R$ 300 milhões pela Mecânica, o que foi prontamente vetado por parte da diretoria. Analistas julgavam em 2016 que o negócio poderia render no máximo R$ 500 milhões ao caixa da Usiminas.

Criada nos anos 70, a empresa atuava em projetos de montagem industrial, fabricação de equipamentos, pontes e estruturas metálicas, naval e “offshore“, óleo e gás, fundição e vagões ferroviários.

Fonte – BVMI – Renato Rostás/Valor

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