Vicunha investirá R$ 280 milhões em renovação de fábricas no Brasil

Vicunha investirá R$ 280 milhões em renovação de fábricas no Brasil
Valor será utilizado para modernizar as plantas fabris com novos equipamentos

A Vicunha Têxtil, controlada da Textilia, pertencente à família Steinbruch, planeja expandir e modernizar as fábricas instaladas no Brasil. A Vicunha Têxtil possui duas fábricas em Maracanaú (CE), uma em Pacajus (CE) e uma em Natal. No exterior, também mantém fábricas em Buenos Aires (Argentina) e Quito (Equador).

O projeto ainda se encontra sob a avaliação do conselho de administração que ocorrerá no próximo mês de dezembro. A previsão do investimento é de R$ 280 milhões. Marcel Imaizumi, diretor de operações da Vicunha Têxtil, diz que a companhia pretende modernizar as fábricas com novos equipamentos.

“No Brasil, existe uma demanda crescente por tecidos mais elásticos ou com mistura de fibras. Esses tecidos têm largura maior que o jeans tradicional para atender melhor às confecções. Precisamos de teares mais largos para atender essa demanda”, afirma Imaizumi.

O executivo também diz que parte do investimento será destinado à modernização da parte de fiação, automação na parte de tingimento e projetos de reúso de água e tratamento de efluentes. Atualmente, a companhia faz reúso de 70% da água que consome nas fábricas.

Também será feita ampliação da capacidade produtiva da companhia. A Vicunha Têxtil tem capacidade atual para produzir 170 milhões de metros por ano. Em 2018, a companhia vai ampliar essa capacidade para 182 milhões de metros no Brasil. Na Argentina, a empresa prevê dobrar a capacidade fabril, de 12 milhões para 24 milhões de metros quadrados por ano.

“Na Argentina só produzimos brim atualmente. Com a instalação de novos equipamentos, a fábrica também vai começar a produzir jeans”, diz Imaizumi.

German Alejandro, diretor de marketing e vendas da Vicunha Têxtil, diz que a companhia já opera com 100% da capacidade instalada no Brasil e precisa fazer investimentos mais altos para aumentar a produção. “Competimos com indústrias da Ásia, que têm um custo mais baixo devido à carga tributária menor e aos salários mais baixos. Se a empresa não investir muito continuamente, fica fora do mercado em dois ou três anos”, diz.

A Vicunha Têxtil registrou em 2016 uma queda de 0,6% na receita líquida, para R$ 1,63 bilhão. Desse total, 41% foram vendas no mercado externo. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 4,3%, para R$ 240 milhões. O lucro líquido caiu 9%, para R$ 91 milhões. O desempenho mais fraco no ano passado foi associado à recessão econômica.

Em 2017, de acordo com o Imaizumi, houve uma melhora no mercado. Ele estima que a Vicunha Têxtil terá crescimento de 2% a 3% em receita no Brasil neste ano, e um aumento na receita total de 7%, com aumento mais forte em vendas no exterior.

Segundo a consultoria Iemi Inteligência de Mercado, a produção brasileira de jeans vai crescer 3,5% em 2017, para 336,2 milhões de peças. Em valor, a produção vai crescer 8,7%, para R$ 9,59 bilhões. As vendas no varejo devem aumentar 2,9%, para 347,3 milhões de peças. Em valor, as vendas devem crescer 8%, para R$ 19,63 bilhões.

Fonte – BVMI – Licio Melo – Cibelle Bouças/Valor

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