Volks investe R$ 2,6 bilhões e volta a operar em três turnos no ABC

Volks investe R$ 2,6 bilhões e volta a operar em três turnos no ABC
Investimento na fábrica de São Bernardo do Campo é para fabricar o hatch Polo e o sedã Virtus

O início da produção de dois novos carros da Volkswagen na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o Polo e o Virtus, vai levar a empresa a operar novamente em três turnos de trabalho, o que não ocorre há dois anos. Também serão suspensas algumas medidas adotadas nos últimos anos para reduzir a produção. Hoje a fábrica opera em apenas um turno e tem 680 funcionários em lay-off (contratos suspensos) e 1,5 mil em férias coletivas.

Atualmente, a planta de São Carlos conta com 800 empregos diretos e 400 indiretos.
Atualmente, a planta de São Carlos conta com 800 empregos diretos e 400 indiretos.

Para produzir o hatch Polo, que chegará ao mercado em novembro, e o sedã Virtus, previsto até março de 2018, a empresa está investindo R$ 2,6 bilhões em desenvolvimento e, principalmente, em modernização da fábrica, inaugurada há 60 anos.

O valor foi confirmado ao BVMI pelo presidente da Volkswagen do Brasil e América do Sul, David Powels, em evento nesta semana com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e o governador Geraldo Alckmin, entre outros.

Desde julho, quando transferiu a produção do Gol para a fábrica de Taubaté-SP, a unidade Anchieta, como é chamada pelo grupo, produz apenas a picape Saveiro. Com a produção dos dois novos modelos, o segundo turno voltará a operar no fim de setembro e o terceiro cerca de um mês depois.

“Não haverá contratações pois ainda operamos com ociosidade depois da queda de mais de 40% nas vendas no mercado brasileiro nos últimos anos”, afirma Powels.

David Powels é o Presidente da montadora no Brasil e América do Sul.
David Powels é o Presidente da montadora no Brasil e América do Sul.

A fábrica emprega cerca de 9 mil funcionários, dos quais 6,5 mil na produção. O novo período de lay-off começou no dia 1.º de agosto, em princípio por cinco meses, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Além disso, no retorno no dia 4 de setembro dos 1,5 mil funcionários que estão em férias coletivas, outro grupo de 1,2 mil ficará em casa por duas semanas e, na volta, mais um terceiro grupo, de 800 pessoas, entrará em férias também por duas semanas, informa o sindicato. Já o Programa Seguro-Emprego (PSE), que reduz jornada e salários, foi suspenso neste mês.

Inovação.

O investimento destinado ao ABC corresponde a quase 40% do plano quinquenal anunciado pela empresa no ano passado, de R$ 7 bilhões. O valor contempla, por exemplo, novas ferramentas e instalação de 373 robôs na área da carroceria.

“Com o Polo iniciaremos a renovação total de nosso portfólio”, diz Powels. Da mesma plataforma do Polo e do Virtus serão produzidos até 2019 mais dois veículos, um utilitário-esportivo e uma picape na unidade de São José dos Pinhais (PR).

A fábrica do Paraná, onde são feitos Fox e Golf (que divide a linha com modelos da Audi), ficou parada até a semana passada. Ontem, os cerca de 2,7 mil funcionários retornaram de férias coletivas de 60 dias, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Desse grupo, 810 vão trabalhar com jornada e salários reduzidos em 30%, dentro do PSE, e 560 entraram em lay-off por cinco meses.

Concorrentes.

O Polo vai disputar mercado com o recém-lançado Fiat Argo e com o Ford Fiesta. Em versão mais em conta concorrerá com Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, hoje líder de vendas. O Virtus terá como principais concorrentes o Chevrolet Cobalt e o Honda City.

Powels acredita que o mercado total de automóveis e comerciais leves deve crescer 5% este ano, para 2,1 milhões de unidades. Em 2018 ele espera nova alta de 9,5%, para 2,3 milhões.

O executivo espera que a “nova Volkswagen” que, segundo ele, surgirá da renovação de sua linha de produtos tenha condições de brigar por maior participação no mercado. Nos sete meses do ano a marca acumula fatia de 12,6% nas vendas de automóveis e comerciais leves, atrás da GM (17,8%) e da Fiat (13,6%).

Fonte – BVMI – Licio Melo – Cleide Silva/OESP

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