WEG busca fechar em 2017 primeiros contratos de exportação de turbinas eólicas

WEG busca fechar em 2017 primeiros contratos de exportação de turbinas eólicas
Diretor confirma “Estamos começando a prospectar no Peru, Colômbia, Argentina, México, Estados Unidos”

A fabricante de motores e equipamentos para energia WEG tem prospectado mercados para exportar turbinas eólicas produzidas em sua fábrica de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, com o objetivo de fechar os primeiros contratos já em 2017, confirmou a nosso Blog um executivo da companhia.

O movimento da empresa rumo ao mercado internacional foi guiado por uma menor demanda pelas máquinas no Brasil, onde o ritmo de contratação de novas usinas de energia caiu em meio a um menor consumo decorrente da crise econômica.

Os primeiros alvos das vendas externas serão países nas Américas nos quais a WEG já possui unidades fabris que poderiam agregar conteúdo local às turbinas eólicas brasileiras, explicou o diretor de energia eólica da WEG, João Paulo Gualberto.

“As Américas são nosso primeiro alvo, estamos começando a prospectar no Peru, Colômbia, Argentina, México, Estados Unidos. É uma questão de tempo, nosso objetivo é procurar fechar alguns contratos, ou pelo menos um, ainda em 2017”, afirmou o executivo.

Segundo ele, esses negócios visariam entregas após 2018, uma vez que até lá a fábrica da companhia já está totalmente ocupada com vendas internas viabilizadas nos últimos anos, quando o mercado eólico do Brasil ainda estava fortemente aquecido.

“O que a crise brasileira fez foi antecipar nossa planejada saída para o mercado externo”, afirmou Gualberto.

Ele disse que outro mercado no radar da companhia é o africano, onde a WEG poderia aproveitar suas fábricas de transformadores e painéis na África do Sul para agregar conteúdo local às turbinas.

João Paulo Gualberto da Silva - Diretor de Energia Eólica da WEG S.A.
João Paulo Gualberto da Silva – Diretor de Energia Eólica da WEG S.A.

A empresa, maior fabricante de motores elétricos da América Latina, também possui unidades na Argentina, Colômbia, México, além dos Estados Unidos, entre outros países.

“A fabricação primeiramente, evidentemente, seria no Brasil, não iríamos fazer uma fábrica nova. O que queremos é utilizar nossa plataforma de fábricas existentes para maximizar as possibilidades de fechar negócios, oferecendo algum tipo de conteúdo local em diferentes graus, em função de nossa presença industrial”, detalhou o diretor.

Em 2015, a WEG teve 25 por cento de seus equipamentos produzidos e vendidos no exterior, enquanto 32 por cento foram produzidos no Brasil e comercializados no mercado externo.

A companhia produz motores e painéis elétricos, além de transformadores e equipamentos de geração e transmissão e distribuição de energia.

NEGÓCIO EM ALTA

Segundo Gualberto, as turbinas eólicas da WEG têm apresentado bom desempenho e gerado um faturamento interessante para a companhia, que é a única fabricante de aerogeradores brasileira e concorre no setor com grandes nomes da indústria global, como a norte-americana GE, a alemã Siemens e a dinamarquesa Vestas.

A WEG começou a preparar a entrada no mercado de aerogeradores em 2010, quando fechou uma parceria com o grupo espanhol MTOI.

Em 2013, a companhia trocou a parceria com os espanhóis por um acordo tecnológico com a norte-americana Northern Power Systems (NPS), que desenvolve e fabrica turbinas eólicas de grande porte.

Mas o passo mais ousado da companhia na expansão em energia eólica foi dado na última semana, quando a WEG anunciou a compra da NPS, por um valor não revelado.

“Com isso a WEG passou a ter todas propriedades intelectuais e patentes… é um movimento estratégico para continuar o desenvolvimento da família de aerogeradores que agora podemos chamar de WEG. Uma das principais razões dessa aquisição é para que a gente possa levar essa plataforma para outros países”, afirmou Gualberto.

O diretor também comentou que o atual patamar do câmbio, de cerca de 3,20 reais por dólar, é favorável às exportações brasileiras.

“Diria que até 3 reais (por dólar) é um nível de câmbio em que, se você tiver uma boa estrutura fabril, com uma boa cadeia de fornecedores, dá para exportar a partir do Brasil”, apontou.

Fonte – BVMI – Licio Melo – REUTERS

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